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Notícias / Madeleine McCann

Madeleine McCann: mensagem deixada por amigo de suspeito mudou rumo das investigações

Madeleine, que era britânica, desapareceu em Portugal no ano de 2007, enquanto seus pais jantavam na Praia da Luz

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 03/05/2024, às 08h23 - Atualizado às 19h30

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A pequena Madeleine McCann - Divulgação
A pequena Madeleine McCann - Divulgação

O detetive Mark Draycott, envolvido na busca por Madeleine McCann, testemunhou perante o Tribunal de Braunschweig na última quinta-feira, 2, fornecendo detalhes cruciais sobre o caso. 

O desaparecimento da menina britânica aconteceu em 2007. Na ocasião, Madeleine foi sequestrada enquanto estava hospedada em um hotel português, no momento em que seus pais jantavam em um restaurante no mesmo complexo, que fica em Praia da Luz. Até hoje, o caso permanece como um dos mistérios mais impactantes da atualidade.

+ Rui Pedro: O menino sequestrado em Portugal antes de Madeleine McCann

A revelação de Draycott diz respeito a uma mensagem de correio de voz deixada por um ex-amigo do principal suspeito pelo rapto de McCann: Christian Brueckner — atualmente em julgamento, também no Tribunal de Braunschweig, mas por outros crimes. 

Mark Draycott, que em 2011 fez parte da Operação Grange (nome dado a operação de busca pela jovem britânica), foi o primeiro policial convocado a depor. Conforme repercutido pelo jornal O Globo, o detetive relatou que em 2017, Helge Busching — ex-amigo de Brueckner em Algarve durante os anos 2000 — contactou a polícia com informações que podem ser cruciais nas investigações. 

"Naquela época, ainda tínhamos um número de telefone público que era divulgado em todo o mundo. O público poderia ligar para fornecer informações sobre a Operação Grange, a investigação sobre Madeleine McCann. Um dos meus trabalhos era verificar as mensagens na secretária eletrônica. Em 18 de maio, verifiquei a secretária eletrônica e havia uma mensagem", disse ao Tribunal. 

Ele disse que tinha informações e deixou um número de celular grego. Depois liguei para este número e falei com um homem que agora sei que é Helge Lars Busching. Ele se referiu a si mesmo como 'Lars' e me deu informações relacionadas a Madeleine", prosseguiu. 

O que chama a atenção no relato de Busching é que ao citar Christian Brueckner, ele aponta que o principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine esclareceu, sem dar mais detalhes, que "ela não gritou". 

"Conforme a investigação continuava, ele estava feliz em dar um depoimento à polícia britânica. Ele disse que teve uma conversa com Christian no Festival de Orgiva em 2008. Essa conversa foi relacionada à Operação Grange", pontuou o detetive.

Fora do padrão

O detetive esclareceu que não é prática padrão fazer testemunhas prestarem juramento ou pagar por informações, apenas cobrindo despesas relacionadas às investigações. Atualmente, Brueckner está cumprindo uma sentença por outros crimes e nega as acusações relacionadas ao desaparecimento de Madeleine McCann.

O depoimento de Draycott destaca a complexidade contínua deste caso e a busca incansável por justiça para Madeleine e sua família.